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 US$ 1 TRILHÃO... E É 
            SÓ O COMEÇO!Um trilhão de dólares norte-americanos, 
            este é o valor estimado pelo jornalista Helio Fernandes sobre 
            o rombo nos cofres públicos brasileiros desde 1995.28 de Abril de 1999
 Os brasileiros se espantaram, acharam um absurdo 
            sem igual, quando a Rede Globo insinuou que o ex-governante da Indonésia 
            recentemente deposto e que ficou 32 anos no poder, havia roubado 
            do tesouro público da Indonésia a fortuna de US$ 40 
            bilhões que ele supostamente possui... uma média de 
            US$ 1,25 bilhões por ano. Preocupados prioritariamente com 
            o próximo jogo de futebol ou o próximo capítulo 
            da novela os brasileiros esqueceram de olhar para dentro da própria 
            casa. Helio Fernandes, 
            do Jornal Tribuna da Imprensa, 
            cita na edição de 23 de abril de 1999 os maiores rombos 
            que o pseudo-país chamado Brasil produziu: 1 - Dívida externa. 130 
            bilhões de dólares em 1 de janeiro de 1995, hoje 280 
            bilhões. Em 4 anos, foram pagos de juros, mais ou menos 35 
            bilhões por ano, o que dá o total, só de juros, 
            de 140 bilhões.  2 - Dívida interna. 61 
            bilhões em 1 de janeiro de 1995, hoje 520 bilhões. 
            Uma parte dessa "dívida" é corrigida em 
            dólares. Juros pagos nesses 4 anos: incalculáveis. 
            Mas por baixo, foram pagos nesse tempo, 200 bilhões.  3 - Privatizações. 
            O próprio governo confessou que em 4 anos de FHC, privatizou 
            empresas no valor de 67 bilhões de dólares ou Reais, 
            não diferia muito. Nas vésperas de cada privatização, 
            fontes do governo explicavam: "O dinheiro das privatizações 
            será aplicado na redução da dívida interna". 
             Como essa dívida cresceu espantosamente, esses 67 bilhões 
            também foram perdidos, não se sabe onde estão. 
             4 - O PROER levou 32 bilhões 
            segundo dados do próprio governo. Novamente a afirmação 
            oficial: "Tivemos que salvar o sistema financeiro". Agora 
            esse mesmo "sistema financeiro" aparece como um tormento, 
            uma calamidade, catástrofe que derrubará tudo que 
            ficar no caminho.  5 - Importando quinquilharias, 
            madrepérolas, cosméticos ou perfumarias, o governo 
            incentivou o déficit na balança comercial, que chega 
            a assustar até mesmo empresários normalmente tranqüilos. 
            Novamente a palavra do governo: "Importamos para equilibrar 
            os preços internos". E arruinaram o que sempre foi uma 
            constante na vida brasileira: o saldo, às vezes bastante 
            compensador, da balança comercial.  6 - Déficit nas transações 
            correntes. Sempre houveram saldo nessas transações, 
            conseqüência das exportações, da produção, 
            do trabalho de dezenas de milhões de trabalhadores. Como 
            o Brasil não exporta, não há saldo, sai sempre 
            muito mais dinheiro do Brasil do que entra.  7 - Nos dias da desvalorização 
            do Real, nova confissão do governo: "Perdemos 7 bilhões 
            e 600 milhões". É incrível a facilidade 
            com que falam ou manipulam BILHÕES.  8 - Somem quase todos (não 
            todos) esses prejuízos, e vejam se não chegamos "na 
            parede" de 1 TRILHÃO.  9 - E não há, a 
            caminho, nenhuma providência recuperadora, nenhum investimento, 
            nada que indique produção, criação de 
            emprego, esperança,  cálculo de progresso ou 
            desenvolvimento a curto, médio ou longo prazo.  10 - A fixação 
            do governo é no FMI. Eles "nos ajudam" a 12 ou 
            13 por cento ao ano. Para aumentar as reservas que servirão 
            para pagar a eles mesmos. 43 Bilhões de reservas, dizem eles. 
            Para quê?   Conforme insinuou a Rede Globo, em 32 anos 
            o ex-ditador da Indonésia, Surhato (ou Suhato, ou ... 
            cada órgão jornalístico apresenta a grafia 
            de uma forma diferente) teria acumulado uma fortuna equivalente 
            a pouco mais de 1 ano  do pagamento da dívida externa 
            brasileira! Ou, analisando em dados anualizados, Surhato teria abocanhado 
            200 vezes menos (US$ 1,25 bilhões/ano) que os donos do poder 
            brasileiro (US$ 250 bilhões/ano), ou ainda, o rombo é 
            superior a 1/3 do PIB (anual) brasileiro, que é de aproximadamente 
            US$ 700 bilhões. Ao exposto por Fernandes ainda cabe acrescentar 
            que a privatização das empresas públicas foi 
            e está sendo realizada a preços muito aquém 
            dos de mercado... é a "partilha" dos bens públicos 
            que a imprensa amestrada conhece muito bem, aliás, participa 
            desta partilha. Além da absurda subvalorização, 
            o pagamento foi feito, na sua maior parte, nas chamadas moedas podres, 
            títulos da dívida pública que são adquiridos 
            no mercado, em muitos casos, por menos de 20% do valor pelo qual 
            são utilizados no pagamento das empresas públicas 
            (valor nominal). No caso do PROER (o programa de socorro aos 
            bancos montado pelos governantes dos brasileiros) aos suspeitíssimos 
            32 bilhões anunciados oficialmente (o valor real é 
            muito superior) ainda devem ser somados os praticamente desconhecidos 
            empréstimos efetuados pelo erário público aos 
            bancos privados antes da criação do próprio 
            PROER. Só o Banco Bamerindus recebeu empréstimos praticamente 
            diários durante dois anos. Os que pensam que a obscenidade brasileira 
            atingiu o seu ápice que fiquem atentos. O FMI (Fundo Monetário 
            Internacional) já avisou que o Banco do Brasil, a Caixa Econômica 
            Federal e a Petrobrás também devem ser "privatizadas", 
            um processo que na prática já começou. E tem mais, o "grande filé" 
            nesta história toda ainda não foi arrematado, trata-se 
            da previdência pública, que sozinha 
            renderá DOIS TRILHÕES DE DÓLARES. A "reforma da previdência" 
            que tramita no congresso nacional brasileiro tem o  único 
            e exclusivo objetivo de tornar a previdência social altamente 
            lucrativa e ao mesmo tempo deixar a "parte podre" para 
            os cofres públicos, aliás, parte "tornada podre" 
            pela incompetência, inconseqüência e irresponsabilidade 
            brasileira, cujos recursos foram usados até mesmo na construção 
            de Brasília. Tudo está sendo feito nos moldes chilenos, 
            onde a previdência privada recebeu todos os ativos da previdência 
            pública com a promessa de honrar o pagamento a todos os aposentados, 
            mas na hora de pagar estas aposentadorias...
 Este é o resultado da selvageria neo-liberal 
            REAL irremediavelmente implantada em um pseudo-país fraco, 
            acabado e praticamente extinto chamado Brasil. Enquanto 
            os donos do poder comemoram o PRIMEIRO TRILHÃO mais de 60 
            milhões de pessoas vivem abaixo da linha de miséria 
            absoluta (conforme dados divulgados 
            pelo Channel 4 de Londres), o desemprego atinge os maiores índices 
            da história  e até a justiça do trabalho 
            está oficialmente sob investigação com vistas 
            a ser extinta. ISSO 
            É BRASIL!
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