
ELEIÇÃO ESTADUNIDENSE:
TRADIÇÃO DE FRAUDE
03 de Janeiro de 2001
Cédulas viciadas; exclusão de
milhares de eleitores da lista de votantes; urnas engravidadas em
motel (não estamos exagerando, uma das urnas da Flórida
foi encontrada exatamente dentro de um motel) e em outros lugares
suspeitos; coordenadores da eleição que também
são chefe de campanha - de Bush, como a madame Harris, secretária
de Estado da Flórida; juízes da Suprema Corte que
proíbem a recontagem de votos porque o candidato deles seria
derrotado, etc., etc.; e, para coroar esse rol de patifarias, um
sistema eleitoral miraculoso, onde o candidato que tem menos votos
é o vencedor. Razão tem o reverendo Jesse Jackson
ao dizer que em qualquer país do mundo o aboletamento de
Baby Bush, esse rapaz oligofrênico, na Casa Branca seria chamado
de golpe de Estado. Em todos os países, menos num: os Estados
Unidos.
As fraudes eleitorais na grande republiqueta
do norte - proprietária dos corpos, almas e, claro, das riquezas
da "outra" grande republiqueta - não são
novas. Os irmãos Victoria e Kenneth Coullier escreveram,
há anos, o livro "Votescam", no qual põem
a nu a história eleitoral da Flórida. Filhos do jornalista
James Coullier, famoso por seus trabalhos investigativos, eles afirmam
no livro: "A princípio
dos anos 70, quando papai descobriu que, na Flórida, praticava-se
todo tipo de fraude eleitoral, ele levou as provas a Janet Reno,
que na época era secretária de Justiça daquele
estado. Em vez de processar os acusados, ela acusou papai", por apropriar-se de documentos públicos que
comprovavam a fraude.
Coullier comprovou que a fraude eleitoral
na Flórida começou em 1964. Seus filhos revelam
que o processo eleitoral americano nunca foi questionado, embora
trate-se de uma estranha democracia com candidatos pertencentes
apenas aos dois maiores partidos, por conivência do poderoso
lobby de imprensa conhecido por NES (News Election Service), integrado
pelos órgãos de imprensa NBC, CBS, ABC, CNN, AP, "The
New York Times", "Washington Post" e outros veículos
de comunicação. O lobby controla também o Voter
Research Survey, que promove pesquisas eleitorais e se manifesta
através do Voter News Service (VNS).
Na eleição presidencial do ano
passado eleitores americanos decidiram participar do processo eleitoral
e não encontraram seus nomes nas planilhas eleitorais. Em
alguns lugares havia insuficiência de cédulas. Em Nova
Iorque, Illinois e Maryland, muitos não encontraram seus
nomes nos registros eleitorais.
Robert Povilaitis, policial de Chicago, denunciou
que, em sua cidade, os mortos também estavam votando. Em
Saint Louis, Missouri, as filas de eleitores eram tão extensas
que os fiscais solicitaram à Justiça retardar o fechamento
das urnas, mas um juiz federal deu parecer contrário. "Seria
um crime manter a urnas abertas", declarou, na ocasião,
o senador republicano Christopher Bond.
Em Palm Beach, cerca de 19 mil cédulas
foram anuladas por terem sido marcadas duas vezes. No condado de
Broward ninguém sabe dizer onde foram parar 6.600 votos.
Tudo isso agravado pela coincidência de o irmão de
Bush, candidato republicano, ser governador da Flórida.
Segundo o Comitê para Estudo do Eleitorado
Americano, relatórios de 34 Estados e do Distrito Federal
indicam que 2,1 milhão de votos deixaram de ser apurados,
incluindo-se nestas cédulas não apuradas, votos de
eleitores que não votaram para presidente e cédulas
descartadas.
CURRAL ELEITORAL
A eleição é indireta
- quem ganhar em um Estado, mesmo que seja por um único voto,
leva todos os delegados para um curral denominado "colégio
eleitoral". Assim, Al Gore venceu, mas graças às
fraudes escandalosas da Flórida, governada pelo irmão
de Baby Bush, este teve maioria no tal curral.
Por que isso se chama "colégio
eleitoral"? Por que elege o presidente, ao invés do
povo? Na verdade, nem isso. Trata-se de uma eleição
de mentirinha. Nem o curral elege o presidente, porque o "colégio
eleitoral" não é colégio nem eleitoral.
Os delegados nem mesmo se reúnem. Apenas comunicam os seus
"votos", coisa completamente desnecessária, pois
esses "votos" já são sabidos de antemão
- há leis na maioria dos Estados impedindo o delegado de
votar em quem quiser. Algum homem de boa fé poderia pensar
que essas leis existem para fazer respeitar a vontade do povo, expressa
nas eleições. Ledo engano. Se fosse assim, o curral
não precisava existir. Bastaria a eleição.
Portanto, não é assim: para maior segurança
da canalha, o Congresso tem poderes para anular a votação
até do próprio curral, isto é, "colégio",
se seus participantes se meterem a ter idéias, isto é,
se levarem a sério a função e tiverem algum
rasgo de independência. É verdade que essa hipótese
não existe, pois todos eles são indicados a dedo pela
cacicada, por sua vez toda no bolso da plutocracia.
TRAPAÇA
A eleição, segundo a Constituição,
é estadual, apesar de eleger um presidente federal. Somente
a Justiça de cada Estado pode decidir a respeito de qualquer
conflito sobre o assunto. Exceto, como mostrou a atual Suprema Corte,
quando o candidato da corja endinheirada corre o risco de perder.
Um dos juízes da Suprema Corte, Antonio Scaglia, "fundamentou"
a proibição à recontagem dos votos na Flórida
do seguinte jeito: "a suspensão
da recontagem sugere que a maioria da corte, embora não tenha
decidido o mérito do processo, acredita que seu autor [Bush]
tem uma probabilidade substancial de sucesso".
Isto é, ele e seus comparsas votaram na suspensão
da recontagem porque queriam que Bush vencesse. Pois como "acreditar"
no "sucesso" de Bush sem a recontagem? Seria uma questão
de fé? Pois é essa maioria de chicaneiros que constitui
a Suprema Corte dos EUA.
As outras nações do mundo já
conheciam a "democracia" dos EUA: um Estado terrorista,
em que a CIA - da qual o pai de Baby Bush foi capo - trama assassinatos
de chefes de Estado e usa o narcotráfico para promover massacres
na Nicarágua, no Afeganistão, na Colômbia, no
Laos, no Camboja, etc. Que bombardeia a população
civil da Iugoslávia, do Iraque, do Vietnã e da Coréia,
matando milhões de pessoas, para tentar submeter, aliás
inutilmente, os povos desses países a uma casta degenerada
de bilionários parasitas. Que intervém, desde a Indonésia
até Granada e Somália - de onde, como no Vietnã
e na Coréia, suas hordas saíram devidamente corridas.
Que tenta, sem sucesso, sufocar o povo cubano por este ter decidido
ser livre. Que parasita e enche de misérias a América
Latina e a África com capachos como Fernando Henrique, Menem,
Fox e outros mercenários a seu serviço.
Quanto aos EUA, quando o processo, mesmo que
minimamente, escapa das mãos da camarilha dominante - nem
tudo ela pode, evidentemente - providencia-se um "jeitinho"
rápido de livrarem-se dos indesejáveis. Difama-se
o sujeito através dos meios de intriga e calúnia e/ou
despacha-se uma bala na cabeça de um Kennedy, Martin Luther
King, Malcom X. Para os marginalizados existe a prisão -
são quatro milhões de presos, sempre negros, hispânicos
e brancos pobres.
Essa é a democracia americana. Uma
encenação e uma impostura que parece ter caído
aos olhos de todos com essa última eleição.
Pois nunca foi tão claro e evidente quanto agora o caráter
antidemocrático e antipopular dessa pantomina indecente.
GANHOU MAS NÃO LEVOU
O Comitê para Estudo do Eleitorado Americano,
grupo de pesquisa de caráter apartidário, apresentou
relatório da computação final dos votos de
mais de 105 milhões de eleitores americanos que votaram para
presidente na eleição de 7 de novembro passado,
revelando que a maioria de votos obtidos pelo democrata Al Gore
foi de 539. 897 votos sobre o candidato republicano, George
W. Bush, escolhido depois pela Suprema Corte de Justiça dos
EUA, através de um golpe perpetrado contra a vontade
da maioria do povo americano ao impedir a recontagem dos votos do
Estado da Flórida, onde a eleição foi
roubada descaradamente - até morto foi votar na eleição
organizada pelo governador irmão de Baby Bush.
O aceite do candidato Gore da derrota também
inspira os mais criativos para imaginarem que tipo de maracutaia
foi efetuada na calada da noite para garantir o fim das disputas
e da guerra jurídica em torno do resultado final e a consequente
vitória de Bush.
Jonathan Moyo, Ministro da Informação
do Zimbábue, recomenda que todos os povos do mundo, especialmente
as crianças, estudem a fraude que aconteceu nas eleições
nos Estados Unidos. "Uma eleição
dessa, em qualquer país, não valeria nada", afirmou Jonathan Moyo em artigo publicado
nos principais jornais do Zimbábue, país africano.
O Ministro da Informação do Zimbábue enfatiza
que "esse escândalo acaba
com a farsa do império que se auto-intitula a maior democracia
do planeta".
Baseado em:
- Jornal Hora
do Povo de
02/Jan/2001, 26/Dez/2000 e 22/Dez/2000.
- II Informativo
REDE de Cristãos, 06/Dez/2000.
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